Linha do Tempo
Nasce o FESTA Festival Santista de Teatro
O jornal A Tribuna, através de seu departamento cultural, com o incentivo de
Patrícia Galvão, que também era funcionária do jornal e promovia cursos de Arte Dramática,
resolve em conjunto com a Comissão Estadual de Teatro organizar o I Festival de Teatro Amador para Santos e Litoral, aos cuidados de uma Comissão Municipal.
II Festival Nacional de Estudantes
Nesse ano, o Departamento de Cultura teve a iniciativa de trazer o II Festival
Nacional de Estudantes para ser sediado em Santos. Foi o maior evento do período.
Hospedaram-se cerca de 800 estudantes, dezenas de críticos e jornalistas de todo o país.
Foram erguidos palcos nos logradouros públicos, promoveram transporte urbano gratuito
(na época feito pelos bondes) e complementaram os cenários que os grupos de fora não
puderam trazer.
Fundação da Federação Santista de Teatro
Com a fundação da Federação, o FESTA passou a ter acentuado seu caráter contestador, sob a sombra da ditadura militar. Trazendo peças mais ligadas à questão política, interpretadas em anos de censura e outras restrições à liberdade
Movimento artístico e cultural
Foi esse o movimento que mantevo vivo todo o universo da
cultura através do teatro, enfrentando e ludibriando a censura. No resgate da memória temos profissionais como Plínio Marcos, Gilberto e Oscar Von
Pfuhl, Greghi Filho, Gilberto Mendes, Serafim Gonzalez, Lizete Negreiros, Cleide
Queiroz, Ney Latorraca, Jonas Mello, Jandira Martini, Rubens Ewald Filho, Bete Mendes,
Sérgio e Cláudio Mamberti, Toninho Dantas entre outros.
O FESTA retorna suas atividades
Após anos suspenso pela Ditatura brasileira, o FESTA retorna homenageando Oscar Von Pfuhl e tendo como patrono Newton de Souza Telles. A partir de então, é realizado todo ano, trazendo novidades em suas edições, como mostra de filmes, exposição de artes, performances, intervenções e shows musicais.
Centenário da PAGÚ
Nesse ano, o FESTA homenageia o centenário de Patrícia Galvão, além de Toninho Dantas, falecido aquele ano, que esteve à frente do festival em sete edições, entre as décadas de 1990 e 2000
Festival Santista de Teatro
O FESTA passa a se chamar Festival Santista de Teatro acolhendo todos os grupos (e não só os amadores) e deixa de ter um carater competitivo para ser um festival de mostras teatrais.
Recebe a Ordem do Mérito Cultural do MINC
Por sua contribuição para a cultura brasileira, o FESTA foi agraciado com a Ordem
do Mérito Cultural do Ministério da Cultura, cuja homenageada coincidentemente foi
Pagú nesse mesmo ano. A força de Patrícia Galvão ao criar o festival, faz até hoje o Festa
ser uma das poucas ações que mantém a sua independência e organização por
trabalhadores e trabalhadoras do segmento.
Patrimônio Imaterial da Cidade
Com a sanção da Lei nº 3.737, o FESTA se tornou Patrimônio
Imaterial da cidade, passando a ser amparado pela Convenção da Unesco para a
Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, sendo considerado elemento
importante na construção da identidade da comunidade local. Festivais como o
FESTA, que tem como foco as produções de grupos de pesquisa, são pólos de
resistência cultural.
O FESTA na pandemia
Durante o período da pandemia de COVID que assolou o país nesses anos, o FESTA não interrompeu a sua programação e, em períodos de quarentena, manteve o seu calendário: migrou para a Internet e se adaptando aos formatos das mídias digitais e online.
FESTA 66
Em 2024 o Festival Santista de Teatro entra na sua 66ª edição, se reinventa e traz
para cidade e região referências do teatro brasileiro, ocupando espaços ao ar livre e
teatros da cidade.
Serão 10 dias de programação de 23 de agosto a 01 de setembro de 2024, com o
uso dos teatros municipais para as mostras.
Propomos na edição 2024, avançar na potencialização e alcance na realização,
visando produzir conteúdo, programação e reflexão sobre o teatro contemporâneo
e os novos desafios e meios de produção e difusão do segmento, além de ocupar
diversos espaços na cidade de Santos como praças, teatros e agora também, as
redes sociais e internet.