Duas mulheres, separadas temporalmente e espacialmente por dezoito anos. Uma delas conversa com a filha, menina que brinca entre as costuras da mãe. A outra está a espera de alguém que vai chegar, e enquanto isso ensaia as palavras que serão ditas. Aos poucos, dos silêncios emerge uma história como muitas outras, alternando divergência e carinho, palavras rudes e atos de amor. Esse movimento – aparentemente circular – se revela na verdade uma espiral, em que a intensidade da violência vai lentamente galgando patamares mais altos.