Fotografar é arte de desenhar com a luz, a forma de eternizar o momento preciso. Desde que surgiu, em 1826, a fotografia tem a função de registrar o tempo e o espaço e unir a poesia e a dureza do real. Hoje é uma manifestação muito popular, mas nem sempre foi assim.
Antigamente fotografar era uma atividade com um custo alto, seja no período analógico, com os filmes, ou posteriormente, no início do período digital. Comprar câmeras, lentes e acessórios não era possível para todos, principalmente no nosso país tão desigual.
O tempo passou e a tecnologia trouxe para a luz uma realidade com desenhos mais democráticos, graças às câmeras integradas aos aparelhos de celulares. A melhora constante da qualidade técnica desses equipamentos também é um fator importante para a abundância de produção imagética nos nossos tempos, mas existem formas de expressão e registros de muitas histórias e locais que necessitam ganhar espaço e visibilidade.
Nesse contexto surge o projeto “Pega a Visão”, iniciativa da Secretaria de Cultura de Santos. Por meio, de Oficinas de Fotografia realizadas no Morro da Vila Progresso e Morro do São Bento, moradores puderam registrar com celulares, os locais, as pessoas e as belezas de seus próprios territórios.
Com orientação e curadoria da fotógrafa e arte educadora Kelly Jandaia, as 20 fotos que compõem essa exposição são uma pequena mostra da diversidade dos lugares e olhares da vida que pulsa no cotidiano da cidade alta.